quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Croissant com Choucrote: Alsacia


Situada ao Nordeste da França, na fronteira com a Suíça e a Alemanha, a Alsacia se beneficia de uma posição privilegiada no coração da Europa. Com 190 km de comprimento, 50 km de largura e 1,7 milhão de habitantes, exibe uma mistura de paisagens - florestas, vales, planícies e montanhas – e solo fértil. Por isso, durante muito tempo, foi ponto de disputa entre a França e a Alemanha e, na Segunda Guerra Mundial, ficou sob o jugo nazista.


Lá, é possível comunicar-se tanto em alemão como em francês. As crianças, inclusive, são alfabetizadas nas duas línguas, e a região é uma das únicas no país que ainda cultiva dialeto próprio. Os alsacianos têm sua identidade e orgulho do que representam. São um povo arraigado em sua cultura, seus costumes e sua culinária – uma miscelânea das gastronomias francesa e alemã, cujo resultado enche nossa boca de água e nossos olhos de alegria!
As cidades mais famosas da região são Strasbourg, Colmar e Mulhouse. Strasbourg, a capital, é servida de aeroportos e de uma boa malha

ferroviária, tanto que está incentivando o uso de bondes: é possível pagar a estadia do carro no estacionamento a um preço irrisório e ter os bilhetes de ida e de volta para todos os acompanhantes – opção muito econômica e cômoda, uma vez que é difícil encontrar vagas dentro do centro histórico e o trânsito pela malha dos bondes é difícil.


O local tem vários Bairros, cada qual com sua identidade, intimamente ligada à história de seus moradores. Entre as edificações que você não pode deixar de visitar estão a Cátedra, a Casa Kammerzell e a Petite France, esta última composta por grandes parques ladeados de lindas casas em estilo alemão. Visite também a Praça da República e seus monumentos. Uma das áreas mais animadas de Strasbourg, sem dúvida, é o bairro Krutenau, popular de estudantes. Lá, você encontrará vários bares, restaurantes e lojas. E, por fim, os bairros residenciais (l’Orangerie e la Robertsau), que oferecem passeios extremamente agradáveis.


Colmar
Já Colmar, a capital de vinhos da região, oferece a “intimidade” de uma cidade mediana, aliada a um rico patrimônio cultural e a uma arquitetura maravilhosa. No antigo centro histórico, para onde você olhar, terá a sensação de estar dentro de um grande cartão postal da natureza. Aliás, deixe-se levar pelas ruas tortuosas da cidade, sempre com a câmera pronta para disparar, pois você não se cansará de ser surpreendida por lugares interessantes, paisagens magníficas e arquitetura ímpar.
Bateu aquela fominha e você não sabe falar francês nem alemão? Sem problemas! Em Colmar, dá para usar todo o seu português num restaurante situado na Grand Rue, número 11 (tel.: 033 389 410236). Procure o Sr. Jose Afonso, um português que mudou-se para lá há mais de 10 anos.
Passamos, agora, para Mulhouse, uma cidade industrial, cujo charme falta em relação às vizinhas Strasbourg e Colmar, porém, oferece a oportunidade de envolver-se na atmosfera cosmopolita da região e descobrir monumentos históricos, como o Hotel de Villle ou a igreja de Saint-Etienne, o novo bairro criado durante a Revolução Industrial, onde estão localizados o Tour de L’Europe e as belas propriedades dos industriais da época. Também é possível visitar o bairro du Rebberg, de grande interesse arquitetônico, e os parques zoológico e botânico.
Conheça, ainda, alguns castelos, dentre eles o Haut-Koenigsbourg, situado no alto de uma montanha. Um dos mais visitados da França, foi construído no século XII e restaurado. Esta construção foi utilizada para observar as rotas do vinho e de farinha do Oeste para o Leste e reduzida a ruínas durante a Guerra dos Trinta Anos. Em 1899, o Imperador Guillaume II começou sua reconstrução e o transformou em museu, simbolizando a volta da região da Alsacia para a Alemanha. Sua restauração respeita fielmente a arquitetura da Idade Média. O interior é repleto de móveis e objetos, bem como de pinturas murais. É possível encontrar armaduras e uma coleção de armas utilizadas durante a Idade Média. Ah, e o caminho que leva até este castelo passa pelo meio da Floresta Negra, um verdadeiro espetáculo da natureza.


Para quem curte feira de Natal ou nunca visitou uma feira de Natal Europeia, esta é uma otima oportunidade de conhecer Strassbourg, Colmar, Mulhouse e tantas outras cidades da regiao.


Voce nao vai se arrepender. Quer conhecer mais e planejar sua viagem? Visite a pagina do Office de Tourisme da Alsace

Chantilly, a cidade que é um doce


Chantilly fica no Oise, a 40 km de Paris. Situada entre florestas, é acessível pela RN16 Paris e pela RN 31, vindo de Beauvais, e pela A1 Paris – Lille. Há, ainda, a possibilidade de visitá-la por meio da linha de trem Paris/ Chantilly – Gouvieux, que parte diariamente da Gare du Nord.
A cidade conta com 12 mil habitantes e recebe mais de 500 mil turistas por ano, sendo 20% destes estrangeiros.
Em Chantilly, o visitante encontra o Castelo (Muséé Conde), conhecido por armazenar uma das mais importantes coleções de pintura da França e também por seus parques, pelo Museu do Cavalo - mundialmente reconhecido -, pelo Hipódromo e pelo Potager des Princês, que, esporadicamente, exibe espetáculos teatrais e é um ótimo lugar para pesca.
Algumas vezes, obtém-se bons preços nos guichês da SNCF/ TER Picardie, que incluem os bilhetes de trem (ida e volta) e os ingressos das atrações (Museu e Castelo). Antes de embarcar no trem, não se esqueça de validá-los em dispositivos (amarelos) no início das vias de acesso, pois, constantemente, os controladores verificam os bilhetes. A multa para quem não tem os “tíquetes” validados é de 25 euros e deve ser paga na hora.
O escritório de turismo fica perto da estação de trem. Ao sair da estação, atravesse a rua e siga em frente, em direção à Rue Marechal Joffre. Lá você encontrará o escritório na esquina, à sua direita, e obterá o mapa da cidade e o horário das apresentações do Museu do Cavalo.
Do escritório de turismo é possível chegar à pé ao Castelo, porém os ônibus urbanos (Dessert Cantillienes) são gratuitos. Verifique, no escritório de turismo, onde são os pontos.
Programe-se para conhecer o Castelo pela manhã, pois a maioria dos shows do Museu do Cavalo é à tarde. Caso você não consiga algum desconto pela SNCF, vale a pena comprar, de uma vez, os ingressos para o Museu e para as apresentações dos cavalos.
No Castelo, você poderá visitar os apartamentos, a capela e a coleção de pinturas do Duc D’Almale, uma das mais importantes da França. Conhecerá, ainda, os jardins que, durante a primavera e o verão, proporcionam passeios de barco e de trem.
O Museu do Cavalo apresenta espetáculos com cavalos adestrados e, em seguida, uma demonstração pedagógica de como os animais são treinados. Este programa é uma ótima opção para quem tem crianças.
Comes e bebes
Bateu aquela fome? Nos jardins da propriedade do Castelo, existem alguns restaurantes. Mas você também pode almoçar nos restaurantes próximos. Saindo da propriedade, seguindo pela rua estreita de pedras, após o portão, você encontra uma grande variedade de boulingerie, pastisserie, restaurantes e lojas.
Para quem não fala nada de francês, uma boa pedida é ir até o Restaurante Silvie, na Rua Marechal Joffre, e procurar pela Maria. Esta garçonete portuguesa é extremamente gentil, porém tímida.

Em Chantilly também acontesce o Festival Bienal de Fogo de Artificio, o Nuits de Feu, imperdivel para quem curte musica e fogos de artificio. E existe um jeito super legal de assistir ao espetaculo sem pagar nada e ainda se aventurar pelas estradas em meio a floresta: siga a pé uma multidao que se embrenha nas florestas (nao se preocupe, dentro das florestas tem inumeros policiais guidando o pessoal e cuidando da sua seguranca, mas nao esqueca de levar uma lanterna, para o caso de perder a trilha) e sentar no gramado da rotatoria que fica em frente ao castelo. Leve um lanchinho, um cobertor e curta a festa, sozinho ou com a familia.

Tambem acontece o Prix de Diane, muito legal para quem curte uma volta ao tempo e corrida de cavalos: quem vai assistir se veste como antigamente, com vestidos longos e chapeus extravagantes, esbanjando elegancia.
Não perca!
Para quem quer esticar o passeio pela região, nossa sugestão é Senlis, antiga cidade real onde é possível visitar uma igreja - outrora abrigo de feridos das guerras mundiais -, a Catedral e aproveitar as ruas em estilo medieval e seu comércio.
Também indicamos a Abadia de Royamount, a Abadia de Chaalis, onde você poderá visitar o roseiral, conhecer um ateliê de perfume - e, quem sabe, criar seu próprio aroma - e alguns castelos da região do Oise, como o castelo de Compiégne, antiga cidade imperial, e de Pierrefonds
Uma dica para quem levar bicicleta (é possível carregá-la dentro dos trens!): aproveite as florestas que circundam a cidade de Chantilly, seus parques e conheça as cidades ao redor, como Gouvieux, Lamorlaye, que tem a mais importante pista de equitação da França, Orry-la-Ville, La Chapelle em Serval.

Se interessou pela regiao do Oise? Visite a pagina do Office de Tourisme du Oise.

Voce vai conhecer uma França com cara de interior!

Para compras, em Saint Maxim, existe um Centro Comercial com supermercados, lojas de roupas, calçados, eletro-eletrônicos, artigos esportivos e decoração para a casa.

Uma outra informação importante: nunca diga a um Cantillene que sua cidade chama-se Chantilly, mas “Chantii” (“ll” tem som de “i” em francês). Isso os irrita muito!

De bike em Paris


Desde o inicio deste verao, a Prefeitura de Paris instalou em diversos pontos da cidade, um sistema “self-service” onde é possivel alugar uma bicicleta e andar pela cidade. Este sistema foi batizado de Vélib e carinhosamente apelidado pelos parisienses de “souris” que significa “rato” em frances, devido a cor cinza das bicicletas.
O objetivo da Preferitura de Paris é incentivar o parisiense a deixar o carro em casa e locomover-se pela cidade utilizando as bicicletas. Alguns turistas aproveitam e fazem esse meio, uma nova forma de conhecer cada pedaço desta cidade maravilhosa.
Para alugar uma bicicleta, o interesado deve adquirir um cartao de um dia, uma semana ou um ano, disponivel nos lugares de locaçao, e em seguida retirar a bicicleta. A primeira meia hora é gratuita.
E a experiencia é um sucesso! A principio ocorreram alguns problemas, como escassez de bicicletas, problemas no sistema e numero insuficiente de funcionarios para realizar manutençao nas bicicletas, problemas esses quase sanados em sua totalidade.
Deu tao certo que a expectativa da Prefeitura de Paris é instalar a cada quilometro um posto de locaçao, totalizando 1.451 postos e 20.600 bicicletas disponiveis.
As prefeituras de algumas cidades francesas, como Bordeaux e Toulouse ja anunciaram que em breve esse sistema sera implantado.
Para maiores informaçoes, visite o site Vélib (em frances°

De Bike no Vale de Loire


Eu e meu marido adoramos andar de bicicletas. Esta primavera, decidimos aproveitar os feriados do mês de Maio aqui na França e decidimos fazer um passeio de bicicletas no Vale do Loire.
Quando se decide por um turismo deste tipo, algumas precauções devem ser tomadas:
1.Verifique as condições da bicicleta e leve ferramenta para pequenos reparos.
2.Certifique-se que o hotel onde pretende hospedar-se possui estrutura para guardar as bicicletas e sugerir alguns roteiros
3.Escolha um hotel próximo do roteiro que pretende ser visitado.
4.Ao passar por pedágios, siga sempre a fila destinada a caminhões e veículos grandes, pois não possuem detector de altura e você pode passar com as bicicletas tranqüilamente.
5.Nunca obstrua a leitura da placa do veiculo, a multa é pesada. Escolha transportar as bicicletas nos tetos, são mais seguras, não modificam a dinâmica do veiculo e é a melhor opção que atende as leis de transito européias.
6.Não esqueça de levar o capacete, luvas e incluir shorts de ciclismo, aqueles com acolchoados, pois os percursos são longos e ficamos muito tempo em cima da bicicleta.
Escolhemos um hotel da rede Contact Hotel, e para nossa sorte, os proprietários do hotel são amantes de cicloturismo, conheciam a região como a palma da mão, além da simpatia. Mal nos instalamos, recebemos uma sugestão de passeio pelas proximidades do hotel, a beira do rio La Loire, e o mapa para escolhermos o roteiro para os dias seguintes.
O roteiro que seguimos foi um dos mais bonitos, a nosso ver : Castelo de Cheverny, Castelo de Chambord e Castelo de Villevasin.
Existem roteiros de 3 km., 23 km. e 27 km., todos assinalados no mapa com cores diferenciando os roteiros. Também é possível obter estes mapas das ciclovias em Escritórios de Turismo em toda região.
O Castelo de Chambord é sem duvida alguma, uma visita que não se pode dispensar. Sua construção iniciou-se em 1519 e durou 30 anos, abrigou as obras mais importantes em seu interior durante a II Guerra Mundial. Em sua floresta há uma placa de bronze em homenagem a um aviador americano, que sabendo deste fato, em plena queda em direção ao castelo, conseguiu desviar seu avião, aterrisando na floresta dos domínios do castelo e foi socorrido pelos moradores da região.
Além da visita ao Castelo, é possível passear de barco pelos canais que o circundam e continuar seu passeio de bicicleta pelas florestas. Na propriedade, há lanchonetes, restaurante, um hotel e vários lugares para um pic-nic. Aproveitamos e visitamos as lojas que ficam aos arredores e descobrimos um produtor de vinho local.
Em seguida, partimos para o Castelo Villlevasin, cuja visita foi rápida. O castelo abriga o Museu do Casamento, mas confesso que ambos, castelo e museu precisam urgentemente de grandes restaurações e melhor conservação das peças.
Uma das visitas que mais me interessou foi o Castelo de Cheverny. Em meio à cidade, que exige uma visita a pé, o Castelo de Cheverny é um bem conservado. A visita guiada ao castelo é ótima, e seu passeio inclui também a visita aos canis da propriedade, famoso pelos cães de caça, e a exposição do herói TinTin. Como atração à parte, é possível visitar a floresta e os canais da propriedade em visita guiada.
Percorrer os circuitos é bem fácil, muito bem sinalizado e atravessamos varias cidades pequenas e algumas fazendas, e constantemente encontramos outros ciclistas, alguns acompanhados pelos filhos pequenos, sejam em suas bicicletas ou sendo transportados na própria bicicleta, em pequenas cadeirinhas instaladas. Se esta for seu caso, não esqueça de também colocar em seu filho, capacete de segurança.
O percurso é plano, mas lembre-se de levar barrinhas de cereais e água suficiente para a viagem, pois ele é relativamente longo, quando se faz o percurso completo (27 km).
Fique de olho no relógio, pois os comércios e padarias fecham no horário de almoço (das 12:00 as 14:00 horas)
No retorno a nossa casa, aproveitamos e visitamos a cidade de Blois, visitamos a cidade com seus lugares históricos e o Castelo. Para os amantes da fotografia, aproveite o cair da tarde e atravesse a ponte, tire uma foto da cidade pelo outro lado do rio La Loire, você não vai se arrepender.
Para saber mais : Chateaux a Vélo

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